Cenas d´O Arco da Velha: Capítulo I

Cenas d´O Arco da Velha

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Capítulo I

Certo dia pediram-lhe para cuidar de uma pessoa e Ela aceitou…longe de saber que não era uma pessoa igual a todas as outras mas sim alguém demasiado diferente…

Exacto, diferente é a melhor definição que eu poderia arranjar para falar do protagonista desta história que vos vou contar. O nosso herói não se trata de um ser singular mas sim colectivo, e encarnará inúmeras “personagens” e viverá diversas vidas.

Esta viagem mágica começa longe, muito longe, num espaço e num tempo que já não existem e que não voltarão mais. Ele era ainda uma criança, igual a tantas outras, e tudo parecia tão fácil, tão simples. A única dificuldade era mesmo conseguir cativar um olhar que teimava em ser distante, um olhar que desaparecia ao virar da curva e que parecia apenas dizer “adeus”.

Nos olhos do nosso protagonista ficava a saudade e o desejo de um reencontro.

Muitas vezes as palavras não chegam e os olhares não falam por si só…Muitas vezes é preciso mais do que um gesto e mais do que 2 e do que 3.

Mas ele nunca foi capaz de compreender a beleza que pode ter um “não”. Beleza essa que chega a ser maior do que a beleza de um “sim”.

Preso a um desejo inocente, ele passou a sua vida inteira a sonhar, à espera que o inevitável acontecesse, à espera que o destino para o qual foi talhado se cumprisse.

Há destinos que teimam em se concretizar, mas também há quem teime em dificultar a sua concretização.

Resta saber se a força do nosso herói é ou não suficiente para continuar a lutar por um destino que sabe que é seu mas que teimou durante tampo tempo em fugir-lhe das mãos, em dizer “não”, em desviar o olhar.

A questão que se põe é até que ponto ele sabe que isto não foi apenas um amor. Até quando resistirá este amor ao destino? Se é que tal é possível…

publicada por Cátia d´O Arco da Velha @ 01:32

2 Comentários:

Às 5 de fevereiro de 2007 às 17:56 , Anonymous Anónimo disse...

Por vezes, temos a certeza de que algo está destinado a acontecer e por mais que a vida dê voltas bem distantes, um dia, isso acontece mesmo.
O inevitável tem muita força, mas a melhor opção é não forçar acontecimentos porque tudo o que tem de acontecer acontece espontaneamente e quando menos se espera. Ironias!

:)

 
Às 11 de fevereiro de 2007 às 22:58 , Blogger Z disse...

Eu pergunto pra mim mesmo: "Será que existe esse amor? Será que vale a pena esperar muito tempo por uma coisa que não sabemos se existe?" Sinceramente acho que não valia a pena... mas quem sou eu pra dizer o que quer que seja ;)

 

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